HONDA FAZ ATUALIZAçãO SOBRE TRABALHO COM MOTOR DE 2026 E AFIRMA: “INDO COMO PLANEJADO”

Responsável por boa parte do sucesso da Red Bull nos últimos anos, a Honda agora embarca em um novo desafio com a Aston Martin, visando o regulamento de motores que entrará em vigor na Fórmula 1 em 2026. Presidente da divisão de corridas da fabricante japonesa, Koji Watanabe garantiu que o desenvolvimento da nova unidade de potência "está indo conforme o planejado".

Com maior ênfase nos aspectos elétricos, a categoria principal do automobilismo entra em uma nova era daqui a dois anos. As mudanças feitas no livro de regras atraíram outras fabricantes para a competição, como a Audi e a Ford (através da parceria com a Red Bull Powertrains), além da Ferrari, Mercedes, Renault e Honda, que já estão presentes no grid atual e que renovaram o compromisso com a F1.

Os idealizadores do novo regulamento já revelaram que o motor de combustão interna V6 de 1.6 litro turbo terá uma redução na potência de cerca de 560 kW para 400 kW — o equivalente a 535 cv. Para compensar esse déficit, a bateria da unidade de potência terá um aumento de carga, passando dos atuais 150 kW para 350 kW, mesmo com a extinção do MGU-H.

Com amplo conhecimento no desenvolvimento de motores de combustão interna V6 para as regras atuais, a Honda optou por concentrar os seus esforços principalmente na parte elétrica. "Até agora, tudo está indo conforme o planejado", disse Watanabe em entrevista ao portal Motorsport.

"É claro que não podemos entrar em muitos detalhes, mas tudo está de acordo com nossas expectativas. Inicialmente, estamos nos concentrando na parte elétrica, então nosso foco agora está principalmente nas peças do motor elétrico e na bateria", continuou.

"Este trabalho está totalmente alinhado com os nossos próprios objetivos. Paralelamente, estamos, claro, desenvolvendo o motor de combustão interna, mas nesta fase ainda não é um V6 — é um monocilíndrico", explicou o executivo da Honda.

Embora tenha anunciado a saída da F1 no fim de 2021, a fabricante permaneceu trabalhando em parceria com a Red Bull no desenvolvimento contínuo da atual unidade de potência através de sua divisão de corridas, a Honda Racing Corporation (HRC). Como consequência da presença parcial na classe rainha, Koji revelou que muitos dos antigos funcionários se mudaram para outros projetos, obrigando os japoneses a terem de contratar novos engenheiros para 2026.

"Quando anunciamos que interromperíamos nossas atividades na F1, a maioria dos engenheiros deixou o departamento. Todos os engenheiros importantes foram transferidos para outros projetos, incluindo a Honda Mobility [empresa que trabalha em parceria com a Sony e tem como objetivo construir veículos elétricos com tecnologia avançada]", lembrou Watanabe.

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"Como resultado, tivemos de preencher todos esses cargos novamente, embora não sejam inteiramente as mesmas pessoas. Algumas pessoas ainda são as mesmas, mas foi um pouco mais difícil para outros cargos e precisamos de um pouco mais de tempo", apontou.

Como fornecedora de motores da Aston Martin a partir de 2026, a Honda registrou uma nova empresa no Reino Unido, com a intenção de estar trabalhando mais de perto com a equipe comandada por Lawrence Stroll, que tem sede em Silverstone. No entanto, o local da nova fábrica ainda não foi definido.

"Registramos a empresa, mas ainda não decidimos a localização exata. O motivo do registro é porque queremos contratar pessoas no Reino Unido. Essas coisas levam tempo porque às vezes você tem de lidar com o período de carência dos profissionais. Queremos começar a contratar pessoal na Inglaterra neste verão", finalizou Watanabe.

Fórmula 1 retorna de 3 a 5 de maio para a disputa do GP de Miami, o primeiro de três que acontecem nos Estados Unidos na temporada 2024.

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