4 COISAS SOBRE CARROS QUE HOLLYWOOD TE ENSINOU ERRADO

Hollywood tem um longo histórico de ensinar coisas sobre os mais variados temas adaptando a realidade às necessidades cinematográficas. Com os carros não é diferente: de filmes de ação a títulos de comédia, a meca do cinema norte-americano já mostrou aspectos relacionados a veículos que não são reais.

Os tais equívocos costumam ocorrer não por erro de pesquisa, mas justamente para oferecer cenas cheias de adrenalina, ou simplesmente para hipnotizar os espectadores, criando efeitos cativantes na audiência. De explosões a colisões, nem sempre é fácil notar o que é real e o que foi criado apenas visando prender sua atenção.

1. Carros não protegem contra tiros de armas

A cena é típica dos mais variados gêneros cinematográficos: uma perseguição termina com um dos indivíduos (ou ambos) sacando sua arma e disparando freneticamente. O outro personagem abre a porta do veículo e se protege atrás dela, enquanto uma saraivada de balas para na lataria do carro. Salvo exceções, essa cena só ocorre nos filmes.

Quando a sequência envolve carros de polícia é até possível que retrate a realidade. Porém, em geral, um veículo comum só vai interromper balas se elas acertarem o bloco do motor. Do contrário, a munição, provavelmente, atravessará a porta e poderá atingir quem estiver atrás dela. Em suma, a melhor coisa que alguém com um carro pode fazer para se proteger de um tiroteio é fugir para longe dele.

2. Airbags não abrem lentamente depois de um acidente

Airbags são dispositivos criados visando diminuir as consequências de um acidente automobilístico. Por essa razão, quando um carro colide, o mecanismo será ativado imediatamente, promovendo a proteção ao motorista e ao passageiro. Isso contradiz várias cenas de filmes de Hollywood em que o airbag foi acionado muito tempo após a batida.

A filmagem pode até proporcionar uma sequência cômica, mas se o acionamento for tardio ou não automático na vida real com a mesma frequência que ocorre no cinema, as montadoras teriam um problemão pela frente. Não faltariam reportagens sobre negligência da indústria automobilística com um dispositivo fundamental à segurança de motoristas e passageiros.

3. Acidentes graves, geralmente, têm consequências severas

Se você puxar pela memória, vai encontrar a lembrança de algum filme hollywoodiano em que um personagem passou por um grave acidente e saiu com poucos ferimentos, ou teve uma recuperação rápida e sem sequelas. Entretanto, acidentes de carro são uma das principais causas de morte, desfiguração ou incapacidade permanente para pessoas com idade entre 14 e 40 anos.

Estatísticas comprovam que quanto maior a velocidade de um veículo durante uma colisão, maior será o risco de morte. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima em 1,35 milhão de óbitos por ano, enquanto um número entre 20 a 50 milhões de pessoas que sobrevivem, mas com lesões graves. No Brasil, o DataSus registrou, em 2019, 32 mil mortes em decorrência de acidentes de trânsito.

4. Colisões entre carros não resultam em explosões

Outra cena muito comum nas produções de Hollywood é a que mostra dois carros batendo e, na sequência, uma enorme explosão. Ainda que confira dramaticidade à cena, é raro que um impacto entre veículos – ou mesmo uma colisão com uma parede, por exemplo – resulte em chamas.

O tanque, compartimento em que o combustível é armazenado, é projetado para ser seguro, especialmente em emergências. A gasolina em estado líquido não é explosiva, apenas seu vapor pode fogo, mas os tanques têm um sistema que alivia a pressão interna sem liberar o vapor. Isso significa que um tanque de combustível é bem seguro.

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