BRASILIA COMPLETA MEIO SéCULO COMO íCONE DA EFERVESCêNCIA DA VW DOS ANOS 70

Foto: divulgação

Raio-X do Brasilia

E poderia ter sido ainda mais espaçoso, pois “havia a ideia de fazer um banco traseiro rebatível para prolongar o espaço, mas essa solução foi abandonada pela complexidade”, relembra Hix.

O designer também conta como surgiu o característico estilo frontal: “o estepe ficava posicionando na frente, deitado, em um dos primeiros projetos. Como ficou muito estranho e o espaço para o estepe estava afetado, nós pegamos o modelo em escala de clay e pedi para o modelador raspar até onde dava. Assim nasceu a famosa frente em formato de barco”, revela.

Até março de 1982 foram produzidas 1.064.416 unidades, 133.212 exportadas para mais de 25 países, incluindo México, Venezuela, Portugal e Nigéria, segundo a Volks seus principais mercados. Depois do Fusca, foi o primeiro carro da empresa no Brasil a ultrapassar a marca de um milhão de exemplares fabricados.

“O que ele trouxe foi a confiabilidade do Fusca em uma roupa nova, saindo um pouco daquele formato querido, mas antigo, para algo moderno, com mais conforto, beleza e presença. E era muito bom para dirigir”, define Alexander Gromow, ex-presidente do Fusca Clube do Brasil e autor dos livros Eu amo Fusca e Eu amo Fusca II.

O exemplar destacado na Garagem Volkswagen foi um dos últimos a sair da linha de produção, é pintado na cor Verde Mármore, versão LS, tem motor 1.6 a gasolina de carburação dupla (65 cv) e rodou – apenas nas mãos do departamento de engenharia – 460 quilômetros.

2023-06-25T09:26:39Z dg43tfdfdgfd